27 enero, 2009

El vecino olvidado


Uno no sabe si se debe a una especie de paranoia o a la alienación derivada del trabajo, pero en ocasiones hay impulsos que nos llevan a patalear en forma de carta al director. Este fin de semana sufrí uno de esos repentinos ataques de indignación al ver, una vez más, lo poco importante que es Portugal para la llamada prensa nacional española. No sé si dar la batalla por perdida o hacer un último intento.


17 comentarios:

Sara dijo...

Cuánta razón en unas pocas líneas.

saphou dijo...

Portugal não devia existir. É fruto de um pecado de um filho contra a mãe. Depois, quando estivemos sob o domínio dos Filipes- nunca estivemos tão bem- de novo armam uma história para expulsar os castelhanos.
Portugal é, de facto uma província de Espanha, do ponto de vista económico estamos completamente colonizados, desde a cadeia de televisão que tem mais audiências, a TVI, ao Banco Santander Totta, passando pela Zara e pelo Corte Inglês, para dar alguns exemplos.
Assumo que queria ser nacional de uma provincia espanhola, tanto me faz qual.
Mas há ainda um patriotismo bacoco, expresso, por exemplo, nos amigos de Olivença, e num generalizado frisson contra espanhóis por parte do português médio, talvez por razões ancestrais, além da história da Carlota Joaquina, que deu origem ao ditado popular "De Espanha, nem bom vento nem bom casamento".
Um psicanalista explicaria isto tudo como a inveja própria do português médio.
Por mim, Espanha só me trouxe alegrias e amigos.

Departamento de Português dijo...

Como ya lo ha dicho Sara, no digo nada.

Chema DG
(EOI Navalmoral de la Mata)

Alicia Vernok dijo...

Tienes muchísima razón, para los medios nacionales Portugal no existe.

Por cierto, yo también envié el otro día una carta (la primera) a un diario, en este caso Público. Espero que esto no se convierta en habitual!! XD XD ;P

Amigo de la Dialéctica dijo...

Hola Javier:

Trabajo paciente y a largo plazo. Al final lo evidente terminará ganando la partida.

Menos mal que nos queda Portugal.

Recibe un abrazote amigo.

Luis Leal dijo...

"Portugal não devia existir", diz o caríssimo Saphou. Sem dúvida um ponto de vista digno de nota, argumentado com alguns factos históricos e sociais evidentes e terminando com uma experiência pessoal "Por mim, Espanha só me trouxe alegrias e amigos".
Não podia estar mais em desacordo. Actualmente, apesar de todas as assimetrias que se vivem no país vizinho, no qual também nasci, está um território que desde que o "fruto de um pecado de um filho contra a mãe" foi consumado tem as mais velhas fronteiras da Europa, algo que vai para além do património das ideias. Não é que se viva do passado, mas ele também nos define, tal como esse dia fatídico, em Alcácer Quibir, na também chamada "Batalha dos 3 Reis", desapareceu um rei que, desde então, nos inculcou o saudosismo e um messianismo muito aproveitado na política e no futebol.
Depois tivemos esses 60 anos com os nossos irmãos Filipes, o 1º de Portugal soube bem gerir o país, o mesmo já não aconteceu com o 3º, mais interessado na cultura e no coleccionismo, esquecendo, como Maria Antonieta, que brioche não está ao alcance de todos.
O perfeito não existe em Portugal (que eu saiba, perdoem a minha ignorância, em mais nenhum lugar), apesar de eu achar que o "mesticismo" cultural que espalhámos pelo mundo e que persiste em 47% do território sul-americano, e também em locais interessantes de África, erroneamente chamado América Latina (devido a Napoleão III, se não me engano), deveria ser Iberoamérica, a par da 5ª língua mais falada no mundo já é algo.
Mas, como disse, não existe perfeição, principalmente a nível político, o que ainda foi mais agravado com a idílica Revolução dos Cravos em que se sonhou com um Portugal mais justo e com menos diferenças sociais, algo que nos põe em penúltimo lugar no ranking da EU. De quem é a culpa? Esta pergunta poderia ter sido feita em todos os séculos da história de Portugal.
No entanto, o pessimismo genético luso, junto com alguma mesquinhez (sim, é uma característica nossa), o intelectualismo baseado num sentimento de inferioridade (leiam a revista “Sábado” da semana passada e as declarações de Maria Filomena Mónica e outros intelectuais de renome), a sua isolada “litoralidade” (com o Atlântico muitas vezes confundido entre oportunidade e casa de banho), entre tantos outros factores, fazem com que se pense com frequência, como diz o Jorge Palma, “a vida é mais fácil para lá de Espanha”. Mas isto é um sentimento apenas e a forma como muitos portugueses se exprimem, a sua revolta é para com um colectivo, os status instituídos, as velhas estruturas que persistem (já as tentaram mudar, várias vezes, mas como diz a canção: “hoje joga o Benfica”, que ao menos fosse o FCP, ao menos costuma ganhar), e confundem isso com nacionalidade.
Seria impensável um Portugal sem a sua cultura, a sua genética idiossincrática lusa, anulado pela grande Espanha, seria mesmo “contranatura”, algo que a história não fez e dificilmente fará, o que não invalida o mal-estar sentido, ao qual um pouco mais de auto-estima, e não optimismo acéfalo, colectiva fariam maravilhas.
Quanto aos pregadores da desgraça, todos eles incluídos, que tal pensarem que todos temos as nossas características, portugueses, espanhóis, franceses, italianos, etc, e que é normal querermos estar do lado mais forte, daí que hoje em dia os nacionalismos, para mim, têm tanto sentido como a sua ausência.
Antes de ter nascido português, nasci ser humano, condição essa que, se quisermos, nos livra do peso desse fatalismo de merda, só assim nos livramos dos grilhões que fazem com que persistam essas diferenças sociais em Portugal. Pois reparem, os portugueses são egocêntricos no seu determinismo, pois só pensam que se vive mal no seu país, estão tão isolados que não vêem mais além… a miséria é igual em todos os sítios, o pior é a miséria de espírito.
Ah, valente Agostinho da Silva! Para ti bilhete de identidade nunca fez sentido!

Puntos de vista y ... nada más dijo...

Nunca pensei que esta carta no jornal EL PAÍS poderia dar para um debate entre portugueses neste blogue. Só uma coisa: acho que os portugueses deveriam(os)ter um bocado mais de confiança no (nosso) país. Sei que Portugal é uma parte de Espanha (Espanha foi sempre sinónimo de Península Ibérica). Mas devem saber que a língua e a cultura portuguesa não teria chegado até hoje se tivesse atingido a independência em 1640.

Puntos de vista y ... nada más dijo...

Chema, Sara, Javier.... Gracias

Vernok, envíame el enlace o dime qué dia

Luis Leal dijo...

Podemos ser optimistas, devemos sê-lo, o que não é sinónimo de tontos ou intelectualmente inferiores, algo que passa, nem que seja subliminarmente, no contexto social, cultural e político em Portugal.
Não me ponho com o discurso do “orgulho de ser português”, mas ainda há coisas que valem a pena. Essa é a realidade que tento mostrar que 1640 permitiu, pois como dizia o meu velho professor de filosofia os “ses, condicionais, no passado histórico, não existem”.
Aquele abraço.

saphou dijo...

E viva Espanha!

Alicia Vernok dijo...

Javier:

http://blogs.publico.es/cartasdeloslectores/433/21-de-enero-3/

Pero vamos, que es la última entrada de mi blog, soy así de perraco!!

saphou dijo...

Peço desculpa pela forma trauliteira como terminei a troca de pontos de vista, parecia o Bastonário Marinho Pinto, mas quero deixar bem clara a minha posição. Sou contra nacionalismos exacerbados que não fazem sentido numa época em que fazemos todos parte de um mais ou menos falhada União Europeia que, alguns pretendem inclusive que evolua para uma Federação ou Confederação...podemos perfeitamente ser anexados por Espanha e manter a identidade cultural, como fazem, por ex., os catalães e os galegos. Cada provincia espanhola tem uma identidade própria.Não é por pertencerem ao mesmo país que essa identidade desaparece. Portugal só teria vantagens em ser anexado por Espanha,o país vizinho é que não precisa de nós para nada.
E a independência hoje mede-se pela economia. Economicamente já somos uma colónia espanhola, sem os benefícios de ser espanhol.

Puntos de vista y ... nada más dijo...

Agora sou eu a provocar. Pensaste o que se passaria com Portugal como província espanhola? Achas que conservaria a língua e a cultura? Ou talvez o madrilenho em Lisboa exigiria que lhe falassem "em cristiano" e o alentejano em Madrid tería de aprender a língua do imperio?

É para provocar!!!!!!!!!!

Luis Leal dijo...

Se a independência se mede pela economia não devíamos pensar nos espanhóis, mas sim nos países como os BRIC, Brasil, Rússia, Índia e China, que com uma economia galopante, esquecendo direitos laborais e humanos, fazem acordos como fez o governo chinês com o português em que é mais fácil abrir uma loja da China que carregar o telemóvel.
Não sei se estivéssemos integrados numa união federal ibérica a nossa identidade cultural fosse mantida. Como se sabe, o peso das regiões, das comunidades difere, e como diz, tendo em conta o ponto de vista económico, o PIB luso seria o quarto ou o quinto, depois de algumas comunidades fundamentais dentro de Espanha.
Dependências mercantis, são diferentes de dependências culturais... qual seria a política ibérica para África? Apesar de podermos aprender mais com institutos como o Cervantes… o Camões é uma anedota.
Sinceramente, são cenários que imagino, aos quais não tenho respostas, apenas a convicção que são necessárias relações transfronteiriças mais sólidas, protocolos, estudos conjuntos, actividades de promoção cultural, e não anexações, ainda por cima no contexto da U.E., apesar das suas imperfeições…
integrados numa união federal ibérica a nossa identidade cultural fosse mantida. Como se sabe, o peso das regiões, das comunidades difere, e como diz, tendo em conta o ponto de vista económico, o PIB luso seria o quarto ou o quinto, depois de algumas comunidades fundamentais dentro de Espanha.
Dependências mercantis, são diferentes de dependências culturais... qual seria a política ibérica para África?
Sinceramente, são cenários que imagino, aos quais não tenho respostas, apenas a convicção que são necessárias relações transfronteiriças mais sólidas, protocolos, estudos conjuntos, e não anexações.
Espanha não tem já problemas suficientes com os nacionalismos? Duvido que quisessem ter mais um...
Cumprimentos para todos.

Juan Luis Corcobado Cartes dijo...

Completamente de acuerdo con tu comentario, Javier. La verdad es que también a mí me llamó la atención aquella foto en "El País", huérfana de cualquier información sobre la reunión de Zamora. Un cordial saludo.

José M. Sánchez-Paulete dijo...

Tengo algunos amigos a los cuales no les importaría nada ser portugueses, además opinan que en Portugal se vive mejor que en España, razones inefables, yo pienso que 1640 fue una gran fecha para el país vecino, pudo conservar su esencia y desarrollar una historia propia, una cultura, una civilización de la que ahora muchas personas, entre las que me incluyo, podemos disfrutar. ¿Os imaginais una Lisboa española? Los especuladores la habrán arruinado, sería una ciudad sin alma, sin saudade. Menos mas que existe Portugal.

mulher lua dijo...

Muito bem visto, Luís leal Pinto, para mim, nem se põe a questão de Portugal ser um pais complatamente independente de Espanha. É independente e mais nada! Agora que deve haver uma sã convivência e uma clara troca com o novvo vizinho, isso é inequívoco! Adoro Espanha, mas sou portuguesa com muito orgulho. Quedemo-nos cada um com a sua identidade e saibamos compreender as nossas diferenças. O futuro está na compreensão das diferenças e na interdependência que é a base da solidadriedade.

Veijios a todos, gostei de vir aqui

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